O amor e a fé são elementos muito semelhantes. Não obstante,
são comumente citados de forma conjunta. Parece ser consenso que ambos precisam
ser construídos, cultivados. E também é bem claro que nenhum deles pode ser
forçado, embora nem sempre as pessoas se lembrem disso. Assim como da fé, do
amor são esperados grandes gestos, mas é nas pequenas coisas que eles realmente
se manifestam. Pode haver sim momentos de arrebatamento, qualquer um que se
apaixonou sabe disso, assim como qualquer um que tenha presenciado uma grande
manifestação de fé e Grandeza Divina. A plenitude, porém, tanto da fé quanto do
amor, se mostra aos poucos, e preenche espaços dos seus pensamentos e dos seus
sentimentos que sequer eram percebidos. Cada dia é uma descoberta, e cada
descoberta traz grande satisfação. E do mesmo jeito existem também seus
tropeços e contradições, momentos de dúvida e aflição. Tentar fugir dessa realidade,
forçar uma perfeição que é, no fim das contas, inatingível, só torna as
relações, seja entre as pessoas e seus semelhantes, ou entre elas e sua fé,
mais frágeis e suscetíveis a uma ruptura irreparável. Permitir-se momentos de insegurança,
mas não sucumbir a eles, faz parte das difíceis tarefas de amar e de crer. E vale
o esforço.
Pra falar em termos teológicos, acredito que o primeiro Dom
que Deus nos Deus foi o Dom da Vida, e, a só partir dele, podemos exercer o Dom
do Amor. Portanto, bendigamos a Deus todos os dias por isso, tenhamos fé e nos
amemos sempre!
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